maio 03 2013

Fim dos tempos

Published by at 22:16 under Espírito Errante

Sopra o vento sul,

Esconde o céu azul,

Acolá a tempestade,

Sobre minha cidade,

Chove em tempo de seca,

Seca em tempo de chuva,

Devastam o planeta,

Todos têm culpa.

Sofrem o mais pobre,

Desprovidos do vil cobre,

Fruto da ganância a devastação,

O que será da nova geração?

Vestindo a carapuça,

Reconheço minha culpa,

Por não ter ação,

Perdão nova geração…

Autor: Benedito Germano Neponuceno
Livro: Espírito Errante, volume II
Data: 22/06/2012

O poema “Fim dos tempos” é uma reflexão profunda sobre as consequências das ações humanas no meio ambiente. Ele começa com uma descrição vívida do vento sul e da tempestade que se aproxima, simbolizando mudanças e talvez até um presságio. A chuva em tempos de seca e a seca em tempos de chuva representam os desequilíbrios climáticos causados pela interferência humana.

A segunda estrofe destaca a injustiça social, onde os mais pobres sofrem mais com a devastação ambiental, apesar de terem menos culpa. A ganância é apontada como a raiz da destruição, levantando preocupações sobre o futuro das próximas gerações.

Finalmente, o poeta assume a responsabilidade pessoal, reconhecendo sua própria inação. O pedido de perdão à nova geração é um chamado para a conscientização e ação coletiva para proteger nosso planeta.

É um poema que convida à reflexão e ao compromisso com a mudança, destacando a urgência de cuidarmos do nosso meio ambiente e uns dos outros.

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